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domingo, 9 de dezembro de 2012

Pilates X Esporão



A cada ano, cerca de um milhão de brasileiros e 2,5 milhões de americanos procuram os consultórios de ortopedistas queixando-se de dores no calcanhar.
A maior parte desses pacientes apresenta um problema chamado fasceíte plantar, ou fascite plantar, uma inflamação no tecido que recobre os músculos da sola do pé, comumente chamada de esporão.
Para entender a origem do esporão de calcanhar é importante lembrar que a planta do pé é composta por estruturas elásticas (músculo) e rígidas (fáscia), que potencializam a força dos músculos flexores curtos dos dedos e funcionam como um braço de alavanca.
Na prática, essas estruturas aumentam a eficiência do impulso, que é acionado quando o calcanhar se distancia do solo.
Um estresse excessivo nesta região provoca um estiramento da fáscia, originando fissuras e inflamação. Entre as principais causas estão a retração do tendão calcâneo conhecido popularmente como tendão de aquiles e pés com a curvatura acentuada, rígidos, pouco flexíveis ou pronados.
Doloroso, e incapacitante, as pessoas mais suscetíveis ao problema são mulheres com idade entre 40 e 50 anos, praticantes de esportes como caminhada, corridas e maratonas.
Há, ainda, incidência significativa de casos entre as que trabalham em por longos períodos ou que sofrem com sobrepeso. O tratamento é principalmente clínico, realizado por meio de exercícios de alongamento do tendão de aquiles e da fascia plantar.
Estudos revelam que 80% dos portadores de esporão de calcanhar melhoram após seis a oito semanas de tratamento.

Mas será que podemos praticar Pilates com o esporão?
E no período de tratamento, existe alguma contra indicação?
Conheça os sintomas:
• Dor no calcanhar, principalmente pela manhã quando a pessoa levanta da cama.
• Quando a pessoa fica muito tempo em pé.
• Durante a prática de atividade física.
• Dificuldade de caminhar ou simplesmente pisar por conta da sensibilidade do local ou dor.
Saiba quais são as causas mais comuns do esporão:
• Pessoas que comprimem a região metatarsiana dos pés.
• Pessoas que por algum motivo colocam repetitiva tensão sobre a fáscia plantar (camada protetora superficial dos músculos), ou seja, puxam com força e constantemente a ligação calcânea da fáscia plantar.
• Em alguns casos que o periósteo seja progressivamente puxado para longe do calcâneo, criando um espaço entre este tecido e o osso (a fáscia não é diretamente ligada ao calcâneo, mas é combinada com uma espécie de capa plástica = periósteo).
• No caso das pessoas que criam a tensão na fáscia plantar, essas são suscetíveis a criar também uma fascite plantar (dor e inflamação em algum local da fáscia da planta do pé). Uma causa pode ser conseqüência da outra: Se o periósteo do calcâneo criar a passagem e for para longe do osso, então se cria o esporão ósseo.
Como tratar:
• O tratamento inicial consiste em medicação analgésica e antiinflamatória, fisioterapia com alongamento, palmilhas e redução do peso. Fisioterapeutas especializados no método Pilates podem aplicar as técnicas do método durante o período de reabilitação.
• Na maioria das vezes é o suficiente para resolver o quadro doloroso em oito semanas, com a prática de atividade física normal, porém tomando as devidas precauções em relação a transferência de peso sobre as pernas ou o simples fato de apoiar o calcanhar em alguma superfície rígida. Com os equipamentos e acessórios do Pilates temos muitas opções de superfícies, o profissional deve optar por superfícies elásticas, acolchoadas e entre exercícios onde evite contato essencial dos calcanhares.
• Nas situações persistentes pode ser necessária uma infiltração ou até aplicações de ondas de choque.
• Finalmente existe o tratamento cirúrgico, que é reservado para últimos casos.
No Pilates, pode-se explorar o corpo de forma global, em todos os decúbitos e em planos de movimento. O recurso pode ser um excelente auxiliar no acompanhamento, ou até mesmo na reabilitação de pacientes, desde que com diagnóstico comprovado de esporão calcâneo – a confirmação clínica é importante para evitar autodiagnósticos ou erros de avaliação, o que poderia comprometer qualquer forma de tratamento (doenças erradas tornam os remédios prejudiciais).

O uso do Pilates dependerá do condicionamento atual do cliente e da liberação médica para prática da atividade. Nesse caso contamos com a experiência de cada profissional para aplicarcom técnica o método, de acordo com as necessidades, e com as aplicações das modificações devidas para o quadro clínico individual de cada pessoa e cada exercício.
Fonte: ativo.com, minhavida.com.br

Tendinite e Tenossinovite no punho: Pilates é uma boa opção na prevenção e no tratamento dessas disfunções.


A Tendinite é a inflamação ou irritação de um tendão enquanto que a tenossinovite é uma tendinite acompanhada por uma inflamação na bainha protetora que envolve os tendões. Na maioria dos casos, esses problemas se manifestam simultaneamente, devido à proximidade de ambos os tecidos.
Os tendões são espessas cordas fibrosas que prendem os músculos aos ossos. Eles servem para transmitir a força de contração muscular necessária para mover um osso. Alguns desses tendões apresentam uma bainha protetora de tecido sinovial. A membrana sinovial é a mais interna das camadas da cápsula articular encarregada da produção da sinóvia. A proliferação dos fibroblastos sinoviais (células com intensa atividade de síntese) provoca uma hiperplasia no revestimento sinovial, originando dano estrutural à cartilagem, osso e ligamentos.
Existem vários fatores que facilitam o surgimento dessas inflamações. Na maioria dos casos, essas disfunções são provocadas por pequenos traumatismos repetidos ou por movimentos bruscos de uma determinada parte do corpo. Afetam com maior frequência os desportistas e as pessoas que, pela sua atividade profissional, executam movimentos repetitivos como digitar no teclado do computador ou carregar constantemente qualquer tipo de peso. Além disso, a tendinite e a tenossinovite também podem surgir como complicação de algumas doenças articulares crônicas, como é o caso da artrite reumatóide.
Os tendões localizados nos punhos estão mais propensos a esse tipo de inflamação. Os sintomas mais comuns são o aparecimento de dor intensa mesmo quando o movimento é de pequena amplitude, rigidez, inchaço no local, sensação perceptível de atrito pelo acúmulo ou ausência de líquido sinovial. Tendinites e Tenossinovites são condições normalmente temporárias, mas podem se tornar crônicas.
O tratamento pode ser ou não medicamentoso, ambos com objetivo de aliviar os desconfortos, eliminar a inflamação e permitir que o tendão recupere seu funcionamento normal. Já é comprovado que exercícios físicos regulares fazem parte de alguns desses tratamentos. E o Pilates é uma excelente opção dentro desse grupo. É recomendável ser uma atividade assistida por profissionais especializados.

Recomendação de exercícios:
• Aquecimento dos punhos, antes dos exercícios. Círculos com os punhos com ou sem utilização de toning balls.
• Exercícios de descarga de peso com pouco tempo de permanência na posição. Protração e retração em 4 apoios, alongamento do gato, preparação do nadando, preparação da elevação posterior da perna. (Recomendados se o aluno estiver sem dor crônica).
• Alongamento ao final da série de exercícios.


Por Marília Zara Chiarelli
Educadora Física
Instrutora Certificada em Pilates

Seus pés em um salto alto Pilates é cada vez mais utilizado pela medicina para evitar e combater dores

Criado pelo alemão Joseph Pilates durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), o método de condicionamento físico que leva o nome de seu criador é cada vez mais popular e vem sendo utilizado no mundo inteiro como uma ferramenta geradora de qualidade de vida. Além de ser utilizado por aqueles que apenas buscam uma atividade física prazerosa e eficiente, o Pilates também pode ser coordenado por médicos Fisiatras, Ortopedistas e Reumatologistas.
Quando criado, o Pilates logo foi adotado por bailarinas, que o utilizavam como complemento aos ensaios, em busca da melhor forma. Mas foi no início da década de 90 que a atividade se popularizou e ganhou fama. No Estados Unidos, por exemplo, estima-se que hoje dez milhões de pessoas praticam a atividade regularmente. Um dos motivos que impulsionou o Pilates é a rápida percepção dos resultados, mas a técnica oferece muito mais: respeita as limitações do praticante, é uma atividade prazerosa, atua na prevenção e recuperação de problemas como dores e lesões e trabalha a saúde como um todo.
Muitas pessoas procuram o Pilates como uma atividade física regular. É uma atividade física que trabalha a prevenção mas também a recuperação de problemas médicos. A atividade está na sua técnica, que parte do conceito de centro de força: fortalecer os músculos da coluna, do quadril, das coxas e do entorno do abdome é a melhor maneira de garantir uma boa sustentação para o corpo humano.
O Pilates oferece resultados tão eficientes que têm chamado cada vez mais a atenção dos médicos. Estudos demonstram que o Pilates é eficiente na redução de dores, especialmente lombar e também dores provocados pela fibromialgia. Um desses estudos foi realizado pelo Departamento de Medicina do Esporte e Reabilitação do Instituto Ortopédico Gaetano Pini, na Itália.

Além do alongamento e do equilíbrio postural, o Pilates faz um trabalho de fortalecimento muscular muito positivo, pois ajuda na sustentação da coluna. A prática do Pilates passa pelo equilíbrio e quando as cadeias musculares estão em equilíbrio, há redução de dor. Os exercícios precisam ser elaborados para atender aos variados quadros clínicos dos pacientes. Por isso, a coordenação de médicos é essencial.
O Pilates vem sendo usado inclusive por pessoas que têm câncer. No prestigiado M. D. Anderson Cancer Center, também nos Estados Unidos, o Pilates está na ordem do dia, para pacientes com câncer de mama e na reabilitação de pessoas com problemas músculo-esqueléticos. Pacientes com doenças neurológicas, como Parkinson, também utilizam a técnica. “Os exercícios de Pilates estimula a habilidade de concentração. E reduz o estresse”. Hospitais do Brasil também já utilizam o Pilates, como o conceituado Albert Einstein, em São Paulo.
O Pilates é uma atividade física completa e é amplamente recomendada para todos. Não há dúvidas, no entanto, de que a atividade pode fazer toda a diferença no tratamento de dores músculo-esqueléticas ou patologias como a fibromialgia. Esse é o nosso foco: a promoção da saúde e a busca por uma melhor qualidade de vida.
Fonte: creb.com.br



Seus pés em um salto alto!



De acordo com o Fisioterapeuta nas mulheres, os problemas nos pés são quatro vezes mais frequentes do que os homens e a incidência de artrite, duas vezes mais comuns e a partir dos 65 anos de idade. “Estima-se que mais de 3% da população mundial com idade acima de 55 anos sofra de dores fortes em conseqüência da artrite no joelho“, esclarece o Fisioterapeuta Allan Delano, da Clínica de Reabilitação Corpo em Terapia.
Segundo o especialista, as mulheres já têm uma tendência natural a ter joelhos voltados para dentro, em forma de “x”, o que contribui para a inclinação da patela, um pequeno osso em forma de pirâmide que se articula com o fêmur e protege a articulação do joelho. “Associado ao uso de saltos altos, isso favorece o desgaste da patela“, afirma o Fisioterapeuta.
Tipos de Saltos
Os médicos advertem que os saltos altos e finos são os que causam mais problemas porque com estes saltos, a mulher tende a andar com os joelhos flexionados e sempre se equilibrando. O Fisioterapeuta adianta que a melhor maneira de prevenir danos aos joelhos é troca por calçados do tipo Anabela, que são mais baixos e confortáveis, apresentando uma altura de 4 cm. “O resultado estético pode não ser o mesmo, mas, em termos de saúde e bem estar, essa troca vai seguramente valer a pena”, reforça Allan Delano. Outra ótima opção para quem não abre mão do salto alto, é o uso das plataformas, que são altas, mas em compensação são uniformes e por isso distribuem melhor o peso do corpo.
Peso
Cada um dos pés possui 28 ossos, que formam várias articulações sustentadas por ligamentos e músculos. Para entender melhor essa composição dos ossos, o Fisioterapeuta explica da seguinte forma: se a pessoa está descalça, o peso do corpo é distribuído por toda essa estrutura, mas se calça sapatos com saltos, coloca quase todo o peso no antepé, que é a parte da frente do pé e dos dedos. “Quanto mais alto o salto, maior o peso na região. Na medida que a pessoa caminha se aumenta ainda mais a pressão e ao correr na ponta dos pés então, esta força se multiplica várias vezes. O resultado é uma pressão imensa na região”.
Causas
Além da pressão na ponta do pé, o uso do salto alto e fino causa ausência na mobilidade da parte de trás da perna. “Com o calcanhar nas alturas, o tendão de Aquiles fica encurtado, o que pode ocasionar a tendinite. Os sintomas básicos são a dor e a dificuldade em andar descalço. Os problemas do salto alto não param nos pés. Podem comprometer até os joelhos que, por causa do salto, são flexionados o tempo todo.

Dicas para quem usa salto alto:
  • Quem não pode ficar sem usar sapatos de salto, deve optar pelos modelos com saltos mais largos, que distribuem melhor o peso e estabilizam o tornozelo. Bico quadrado também é o mais recomendado para evitar deformidades dos dedos;
  • Os sapatos plataforma, com a mesma altura do calcanhar à ponta, não pressionam excessivamente o antepé. Mas em compensação chance de torcer o tornozelo é maior;
  • Se puder, deixe a sandália e opte pelo sapato. Assim, o calcanhar estará mais seguro. O reforço lateral proporcionado pelas botas é ainda mais eficiente;
  • Evite saltos muito altos no dia-a-dia. Quanto menor o salto, melhor para a saúde.
Fonte: corpoacorpo.uol.com.br

Sedentarismo, o vilão de muitas pessoas!



O sedentarismo representa um dos principais fatores de risco à saúde, causando um grande impacto na saúde pública, ocasionando o aparecimento de doenças degenerativas não transmissíveis como: diabetes tipo 2, hipertensão, hipercolesterolemia, obesidade, doenças cardiovasculares, osteoporose e algumas formas de câncer.
Algumas referências têm o objetivo de verificar a importância da atividade física diária (AVD) com a proposta de auxiliar o controle do sedentarismo e das doenças degenerativas.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o sedentarismo compromete cerca de 70% da população mundial associado a dois milhões de mortes ao ano globalmente, e por 75% por mortes nas Américas. Estimativas econômicas de vários países consideram o sedentarismo responsável por 2% a 6% dos custos totais em saúde publica. No Brasil, não há dados sobre o custo do sedentarismo, mas recente relatório elaborado pelo Banco Mundial atribuiu 66% dos gastos em saúde às doenças crônicas não transmissíveis em todo o País.
Por Rafaela Porto
Instrutora Certificada em Pilates